Queda de cabelo, um problema que afecta muitas pessoas
Apesar de vulgarmente associada ao sexo maculino, a verdade é que a calvície atinge tanto os homens como as mulheres, embora de formas diferentes. “Os homens têm de facto uma maior predisposição genética para a calvície, mas também existem casos de calvície feminina. No entanto, as mulheres têm uma maior tendência para esconder este problema, essencialmente por vergonha, porque para as mulheres esta situação é muito pior ao nível psicológico”, explica a médica Bárbara Costa. O ciclo normal do cabelo é composto por crescimento, pelo repouso e pela queda, sendo que depois da queda de um fio um outro deve começar a nascer no seu lugar. “Uma queda de cabelo considerada normal pode ir até aos 100 fios de cabelo por dia. Esta situação passa de normal a preocupante quando a queda começa a ser muito superior a isso, ou seja, ficamos com muitos fios nas mãos, na almofada, na escova ou no pente e quando a calvície em vez de ser localizada na parte de cima da cabeça começa a ser cada vez mais difusa”, explica esta especialista em transplantes capilares. Nessa altura o ideal é consultar um dermatologista, para que este possa avaliar a situação e encontrar a causa do problema. “Existem várias causas para a queda de cabelo e consequente surgimento da calvície, sendo que a principal causa, tanto masculina como feminina, é a calvície androgenética, ou seja, uma sensibilidade genética, herdada de alguns familiares, ao hormónio dihidrotestosterona na parte superior da cabeça”, salienta Bárbara Costa frisando, no entanto que “existem muitas outras causas, tais como uma alimentação desequilibrada, a existência de anemia, a deficiência de zinco e magnésio no organismo, o stress, o tabaco e o período pós-parto, embora esta seja uma causa fisiológica, que provoca apenas uma queda de cabelo temporária”. Depois de identificada e anulada a causa da queda anormal de cabelo, este ainda continuará a cair durante alguns meses, após o que retomará gradualmente o seu ciclo natural. No entanto, quando a causa da queda não é identificada precocemente e persiste durante um longo período de tempo a perda pode ser irreversível levando a situações de calvície. De acordo com esta especialista, “não existe uma idade específica para o início do surgimento dos problemas de calvície. Há pessoas que iniciam o processo aos 15 anos de idade, outras aos 20 ou 25 anos e outras só muito mais tarde, por volta dos 40 anos de idade”. Enquanto que no caso dos homens a calvície começa por se manifestar sobretudo na região frontal do couro cabeludo, no caso das mulheres esta traduz-se numa diminuição do volume e densidade do cabelo, localizando-se sobretudo na parte de cima da cabeça, tratando-se igualmente de uma calvície androgenética. Felizmente, hoje em dia existem já várias opções de tratamento para a queda de cabelo. Desde os produtos cosméticos e de venda livre, que têm como principal finalidade “camuflar” a perda de cabelo, até ao tratamento médico oral e local, terminando com o tratamento cirúrgico, dentro do qual se destaca o transplante capilar. A escolha é cada vez mais variada, o que, por outro lado, aumenta a expectativa dos pacientes. Por isso, quando a queda de cabelo ultrapassa a quantidade de fios considerada normal, é imprescindível a consulta a um dermatologista, para que este descubra as causas da perda e indique o tipo de tratamento mais adequado a cada caso.
Fonte: Dica
M.J.F.
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M.J.F.
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